Que horas eu te pego na rodoviária?

Eu estava ansiosa desde o momento em que acordei, contando os minutos até finalmente te encontrar na rodoviária. O relógio parecia arrastar-se, enquanto eu verificava a hora repetidamente. Cada tic-tac parecia ecoar a batida acelerada do meu coração.

Finalmente, o momento chegou. Eu me encontrava na entrada da rodoviária, olhando para a multidão de pessoas que desembarcavam dos ônibus. Minha mente estava em um turbilhão de pensamentos enquanto eu tentava imaginar como seria nosso reencontro. Eu não te via há meses, e cada lembrança nossa parecia aumentar a minha antecipação.

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Observando cada rosto que surgia na saída do terminal, eu buscava ansiosamente pelo teu sorriso, pela tua figura conhecida. Cada vez que alguém passava por mim, meu coração saltava na expectativa, apenas para afundar novamente quando percebia que não era você. O tempo parecia se arrastar, e eu me sentia à beira da impaciência.

Finalmente, como um raio de sol que rompe as nuvens escuras, te vi surgir no meio da multidão. Meu coração deu um salto, e um sorriso incontrolável se espalhou pelo meu rosto. Era você, mais radiante do que eu lembrava, com aquele jeito único de caminhar que sempre me fazia sorrir.

Nossos olhares se encontraram, e em um instante, todas as preocupações e a espera interminável valeram a pena. Eu me aproximei, meu coração batendo tão alto que eu achava que todos à minha volta poderiam ouvi-lo. Nossos braços se envolveram em um abraço caloroso, como se estivéssemos nos segurando com toda a força para nunca mais nos soltarmos.

“Como eu senti a sua falta,” eu disse, mal conseguindo conter a emoção na minha voz.

“Eu também senti,” você respondeu, aquele sorriso que tanto amava iluminando o teu rosto.

Nós nos afastamos o suficiente para nos olharmos nos olhos, capturando todos os momentos perdidos e a saudade acumulada em um único olhar. As palavras pareciam desnecessárias naquele momento; nossos olhares e sorrisos diziam tudo.

“Vamos embora daqui?” perguntei finalmente, percebendo que ainda estávamos parados no meio da agitação da rodoviária.

“Claro, estou morrendo de fome. E você?”

Rimos juntos, como se aquele riso fosse a melodia que marcaria o início desta nova etapa do nosso encontro. Enquanto saíamos da rodoviária de mãos dadas, eu não podia deixar de agradecer ao tempo pela paciência que me ensinou e pela alegria que trouxe de volta. Nada poderia se comparar à sensação de finalmente te ter novamente ao meu lado.

E ali estávamos nós, caminhando juntos em direção a uma nova aventura, as palavras fluindo entre nós como se o tempo perdido nunca tivesse existido. Eu sabia que aquelas seriam as horas mais preciosas, aquelas em que o relógio pareceria finalmente se render à nossa vontade.

Então, enquanto o sol se punha no horizonte, eu agradeci silenciosamente por aquele momento. Porque não importava que horas você chegasse na rodoviária; o que importava era que você estava ali, ao meu lado, e o tempo agora era todo nosso para aproveitar.

Abraços!

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